quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Sócrates ( 1954 -2011)

Sócrates é daquele panteão de jogadores que eu gostaria muito de ter visto jogar. Acho que essa sensação passa por todos os amantes de futebol com menos de 30 anos e que não tiveram a sorte de vê-lo junto com outros craques, principalmente os dos anos 80 que ainda circulam no nosso imaginário. Mas minha admiração por Sócrates é para além das quatro linhas. Ele não era um clichê ambulante, tão pouco ficava em cima do muro nos assuntos mais espinhosos ou na hora de assumir posições politicas. Era diferenciado dentro e fora de campo. Por isso tinha a admiração não só do torcedores corintianos, clube que defendeu por mais tempo e teve sua melhor fase. 
Desde da primeira vez que ouvi falar na Democracia Corintiana, fiquei imaginando como aqueles jogadores conseguiram aquilo, em plena década de 80, finalzinho de regime militar, num dos maiores clubes do Brasil. É de fato admirável. E quando disse que só ficaria no Brasil se as diretas fossem aprovadas? Não, não consigo vê isso nos jogadores de hoje. Além de ser um representante do jogador-boêmio, especie em extinção em tempos de patrulhamento politicamente correto. 
De domingo pra cá , foram muitas as homenagens, textos, reportagens para esse que foi um jogador admirado não só porque batia bem na bola, mas porque também era bom da cabeça e sabia pensar por si mesmo. Obrigado Doutor, por ter tornado o futebol mais bonito dentro de campo e menos chato fora dele. 

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